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Por Marco Feliciano - A Desconstrução da Sacracidade do Casamento

divorcioUm dia após o natal de 1977, instalava-se no Brasil o Divórcio. O Senador Nelson Carneiro, in memorian, realizava o sonho de sua existência, transformava em lei a dissolução do casamento. No mesmo ano ele prepara a emenda que acabaria com a obrigatoriedade do divórcio único, que só foi abolida de fato em 1988, permitindo ao cidadão brasileiro casar e divorciar-se quantas vezes fosse preciso.

Embora o número de casamentos civis tenha crescido em 4,5% em 2010 (977.720 casamentos), em relação a 2009 (935.116 casamentos), o IBGE informa que em 2010, a taxa de divórcio atingiu o seu maior valor nos últimos 26 anos, 243.224 processos judiciais de divórcios: 1,8 divórcios para cada mil pessoas de 20 anos ou mais. Em relação a 2009, houve um acréscimo de 36,8%.


Houve um tempo em que as primeiras legislações admitiam a ruptura matrimonial somente por um limitado número e para tanto deveriam ser comprovadas  em um processo judicial, neste tempo a porcentagem de divórcios era baixa. Após a aprovação da lei as taxas de divórcio cresceram dramaticamente, e isto foi um golpe muito forte na instituição familiar, porque deixou os casais juridicamente indefesos diante da má fé ou infidelidade do outro.

Dentro dos números do IBGE de 2010 temos como resultado nefasto  dos divórcios no  Brasil, pelo menos, meio milhão de brasileiros que, apenas nesse ano, perderam sua família.

Teria o legislador e o governo pensado no desastre instaurado, quando da aprovação da lei? Quem se encarrega, por exemplo , da criação e da educação desses filhos? Um dos progenitores, a avó, um tio, um terceiro? Afinal neste caso de um terceiro envolve uma nova união e os problemas se potencializam, pois crianças serão criadas por alguém que não seja seu pai, nem sua mãe, nem um parente consangüíneo, gerando um problema psicológico quase que irreversível.

Uma pesquisa feita pelo Instituto Heritage dos EUA trouxe dados assustadores:

- A taxa de criminalidade comparada nos casamentos intactos (aqueles onde os filhos convivem com seus dois progenitores) é 4,8 vezes maior, quando os pais estão separados; 12,4 vezes maior, no caso de divórcio e 22 vezes maior, em caso de convivência com um só progenitor nunca casado;

- A taxa de abusos de menores comparada aos casamentos intactos é 6 vezes maior com a mãe casada convivendo com o padrasto; 14 vezes maior na mãe solteira; 20 vezes maior, em casos de convivência com seus pais biológicos unidos em comcubinato, e 40 vezes maior, em caso de mãe biológica convivendo com quem não é pai biológico*.

Sei que levantar-se-ão um sem número de contra argumentações, refutações de discordância do que aqui escrevo e também o já acostumado “xingamento” de: religioso fanático, fundamentalista, etc. Todavia não me importo.

O Político e Filósofo Francis Bacon, sem querer entrar no mérito de seu misticismo interior, recito sua célebre frase:

“O amor da pátria começa na família”.

A banalização do casamento, do sagrado, da vida, fazem parte do discurso progressista. A busca do prazer sem responsabilidade, a desconstrução do moral, cavam um buraco sem fundo no âmago da sociedade ordeira e conservadora.

Aos casados admoesto, busque a paciência, a temperança, bom senso, o dialogo, pensem nos filhos. O egoísmo momentâneo pode levar a ruptura do futuro.

O Casamento é sagrado.

Pastor Marco Feliciano

Deputado Federal PSC/SP

Brasilia Maio/2012



* Patrick F Fagam. e Robert Rector, “Politicas Publicas e Familia. Consequências de divórcio nos Estados Unidos”, Universidade Finis Terrae, Santiago de Chile, 2000, págs. 18 a 22.
fonte e post do Blog do pastor e Deputado Marco Feliciano